WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 10, um plano de US$ 24 bilhões voltado a combater a forte crise que vive o setor imobiliário e que fornecerá novos incentivos fiscais para os construtores.
O projeto fornecerá isenções fiscais durante 18 meses por um total de US$ 18 bilhões aos construtores de casas, bancos e outros negócios afetados pela crise de créditos.
A este valor se somarão outros US$ 6 bilhões em incentivos fiscais como ajuda aos proprietários de casas e apartamentos, em uma tentativa de diminuir as execuções de hipotecas, que, em fevereiro passado, cresceram em 60%, após bater recorde no final de 2007.
A proposta aprovada, que hoje não possui o respaldo da Casa Branca, deverá se conciliar com outra medida similar aprovada pela Câmara de Representantes, a qual não contemplava os auxílios para os proprietários particulares.
O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, comemorou a aprovação desta medida que, apesar de "não ser perfeita nem ser a solução mágica para resolver o problema", será um "passo importante" para amenizar os efeitos da crise. "Os analistas prevêem que haverá três milhões de execuções de hipotecas nos próximos dois anos. Outros 45 milhões de proprietários experimentarão uma queda no valor de suas casas devido às execuções", afirmou o senador.
Lei
Apesar da votação no Senado, as perspectivas de a proposta se tornar uma lei são fracas. A Casa Branca e até mesmo alguns republicanos do Senado criticaram vários aspectos da proposta e os democratas na Câmara dos Deputados são a favor de medidas diferentes para ajudar a conter os números recorde de execuções imobiliárias.
A Casa Branca, em carta enviada ontem para a porta-voz da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, alertou que os legisladores podem diminuir mais o valor das residências com algumas das propostas. "Não podemos prolongar correções necessárias no mercado imobiliário, salvar os cedentes de empréstimos ou subsidiar empréstimos irresponsáveis", afirmou a carta. As informações são da Dow Jones.
*Com informações da EFE e Agência Estado
Fonte: Ultimo Segundo
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